Um bom dia pra mim, geralmente começa com uma corrida ou no mínimo uma caminhada. Depois que tomei gosto ......
E como sou uma pessoa muito abençoada, tenho a sorte de morar durante a semana no Flamengo, pertinho do Aterro e no fim de semana, no finzinho da Barra, quase Recreio já na altura da reserva . Então, tenho sempre lindos cenários para correr, andar, pensar na vida...
No caso do Aterro, o cenário é o que mais conta, porque o cheiro .... deixa pra lá ou para o próximo prefeito ou para muitas próximas encarnações de cariocas que finalmente aprenderão que banheiro geralmente é dentro de uma casa ou de um estabelecimento e não a céu aberto.
Geralmente vou correr sozinha, mas muito bem acompanhada pelo meu pequeno MP3 que a cada dia me permite correr ou andar acompanhada de gente boa. Nestes últimos dias ( corro duas ou tres vezes por semana) já corri com Zelia Duncan, Zeca Baleiro e ontem , Everything But The Girl . Mas resolvi tirar os fones e ouvir um pouco do som “de fora” . Aí lembrei de uma coisa que sempre gostei de fazer e há muito não praticava : ir andando e ouvindo as conversas das pessoas ou os pedaços de conversa e ao mesmo tempo ir juntando tudo e vendo (ouvindo) no que dá.
Ficou mais ou menos assim:
“Falei pra ela, vai pra merda ou pra puta que pariu, pode escolher porque tô de bom humor.” “Eu acho que ele não devia ir , mas quem faz ele mudar de ideia” (essas combinaram ) “Na minha vida quem manda sou eu” “agora vou ter de economizar de qualquer jeito” “fica esse médico me dizendo o que eu tenho de fazer” “ How much” “ comigo é mais barato mas não tem fiado” “ainda falta perder peso” “É claro que ele tá enrolando ela” “ Não pagar o IPTU não adianta” “vitamina de abacate, é batata” “muito sem bunda, não gostei não”
Boa essa pra finalizar ..... fiquei olhando pra ver quem era o tal ou a tal desprovida, mas parece que não estava por ali . Com certeza estavam falando mal de alguém pelas costas. Literalmente.
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4 comentários:
Esse problema do cheiro é uma epidemia nas metrópoles brasileiras. Um hábito que vai ser difícil de tirar, tipo aquele das cuspidas dos chineses. São Paulo e Salvador, as capitais por onde ando hoje são puro mijo, dependendo de onde se ande. O que começaria a mudar isso seriam banheiros públicos de qualidade mínima. Mas são gerações até lá.
Pois é, Jayme quando vejo as mamães achando muito matural que os meninos (nunca as meninas, por que será ?) usem a rua como banheiro, percebo que serão gerações e gerações.
Mas no caso do Aterro, tem um agravante: os moradores de rua.
Talvez eu passe a levar além do MP3 , um pregador para o nariz ! :))
Mais que natural usar a rua é usar QUALQUER local como mictório; vi mamães orientando seus pimpolhos a se aliviarem em locais como um cantinho no parque aquático do clube tricolor das Laranjeiras (ainda bem que não foi na piscina!) e neste fim de semana até mesmo no parquinho infantil do mesmo clube. É, tem jeito, não... Agora, melhor que o pregador para nariz seria desenvolver algum apetrecho que a pessoa usasse e sentisse umas fragrâncias pré-selecionadas. O Rio carece disto.
ooops !!! por problemas localizados entre a cadeira e o teclado, a mensagem acima saiu como de um anônimo. Muito prazer, o anônimo sou eu.
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